E a
minha promessa de voltar à Ilha das Flores!
A “Bela Portuguesa” é uma variedade rica entre roseiras.
Foi “obtida por um especialista francês que ao tempo desempenhava funções
importantes no Jardim Botânico de Lisboa.
Um dia, nas suas sementeiras experimentais, viu surgir
um exemplar exuberante.
O francês, apaixonado por belezas botânicas, denominou-a
“Bela Portuguesa”; como homenagem ao País que o acolhia, e seu clima propício ao
cultivo de espécies maravilhosas.
Durante o século passado tornou-se conhecida por todo o
mundo. Esta, que pode ver-se na foto é derivada de uma roseira trazida da Ilha
das Flores em estaca; da qual enxertei borbulhas. Muitos anos passaram antes que
lhe conhecesse seu glorioso nome e sua “biografia”.
As flores conseguem surpreender-nos com a inesperada
beleza de formas, de cores, de matizes e de aroma.
Um dia juntamos uma porção delas num raminho e alguém
vendo-as, logo a florista recebeu encomenda de igual raminho daquelas
rosas.
De facto, a família “Bela Portuguesa” oferecia à vista,
encantador e irresistível “bouquet”!
A “Bela portuguesa”, sendo apreciada e querida, corre
todo o mundo e marca terras por onde portugueses de 1.500 andaram e são hoje
lembrados.
Manter a roseira
“Bela Portuguesa” em floração é homenagem grata a portugueses e a
Portugal!
Na Ilha
das Flores
Vínhamos
Vila de Santa Cruz para o hotel quando ao lado se estendia simpático bairro de
casinhas térreas com seu jardinzinho fronteiro. Ao centro de um deles havia uma
bela roseira florida.
Mirava eu a “rosácea beldade” quando a dona
surgiu e logo lhe pedi uma “estaquinha”.
Era a
”Bela Portuguesa” que entrava no meu jardim, via “Ilha das Flores”.
No
hotel instalei-a numa jarrinha, com água
fresca.
No dia
seguinte ao “fazer a mala” não consegui encontrar o garfo da
roseira.
«
-Paciência!» …o pessoal de serviço fizera dela… lixo!
Veio o
“táxi”; “x-acto”pronto. Pedi ao taxista que siguisse um pouco adiante do aeroporto. Ia pedir à senhora
nova estaca.
Bato à
porta 1ª e 2ª vez mas ninguém atendeu, O motor do “taxi” aguardava impaciente.
Por fim
e já “em desespero”, noto uma vizinha que vinha dizer-me que a dona da casa não
demorava. Contei-lhe a minha odisseia e minha pressa; ela compreendendo,
prontamente abriu a cancelinha e um passo adentro, o
“X-acto” funcionou!
Já no
avião pensei:
«- Se
voltar às “Flores”, virei pedir perdão à simpática senhora e agradecer-lhe a roseira “Bela
Portuguesa” que o seu jardim expõe para encanto dos passantes.»
M. C. Santos Leite
M. C. Santos Leite
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